terça-feira, 8 de agosto de 2017

Hiper



Visto daqui, e de agosto, maio aparenta ter parido maria, 
durante anos, e uma efemeridade de gemidos de flores 
e de velas, que se apoderam do ar, muito depois 
de tomarem a terra como sua, como frémito de amor 
materno de personagem principal: o ulmeiro, de outros 
poemas, adoeceu irremediavelmente e procura o conforto 
do refúgio absoluto, entre as personagens, e as paisagens, 
secundárias; o meu moliceiro tem a cor da ria e confunde-se 
com ela; sei que nunca irei transformar as madrugadas, 
que não tenho, em dias que ninguém pode ter. Talvez, em 
parte, por isto, o vento se apresse a esticar o acinte da linha 
do horizonte que cia o verde dos grandes acontecimentos. 


 [sobrevoo]



5 comentários:


  1. Sem palavras, mas não de forma depreciativa, porque eu gostei.
    Hiper, à Henrique! :)
    Bjks

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  2. Que falar deste poema que parece sair das entranhas do sentimento mais profundo e amordaçado pela dor.
    beijinhos

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  3. Gostei muitíssimo...!
    Abraços.

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  4. O que dizer?... Como já alguém disse acima... vou repetir de uma forma resumida: Vou "levar"!!! :-))
    Beijinhos
    Ana

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