sexta-feira, 29 de julho de 2016

até ao destino




um julho a mostrar a estação do verão
com janelas de luz e azul, onde o verde 
ainda mexe, vertical, à procura de uma 
esplanada com algum sentimento, ou 
onde este se possa, pelo menos, inventar 
e matar a sede elíptica que o transforma 
em palha à procura de sentido. 
talvez possamos consertar os excessos 
do mês, incompletos e imperfeitos, 
de acordo com a nossa natureza, 
com a canção do nosso amor, 
que não tem palavras de outro invento, 
e com o sol à cabeça e o universo dentro. 


 [elipse]


1 comentário:

  1. Um prenúncio de uma Agosto magnífico... nesta maravilhosa despedida de Julho!
    Lindíssimo o poema, e a foto... deslumbrante!
    Beijinhos
    Ana

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