sábado, 12 de março de 2016

entre poemas




por vezes, depois de largarmos a poesia, 
colidimos com o mundo. fere-nos a luz, 
o vento, o sítio, as pessoas, a ocasião… 
os olhos entram pela credulidade do dia, 
da noite, e o corpo de sonho reconhece 
a vida, os personagens, o público, o acto… 
as palavras continuam em turbilhão 
enquanto renovam o rosto e as conquistas. 
pulsam fora do poema inocente e seguem, 
também elas ingénuas, num ar entregue 
as actividades impacientes do sobressalto…
até ao reencontro da protecção dos versos. 


 [palavras relacionadas]


1 comentário:

  1. E entre a poesia das palavras... e a poesia da imagem... estará aqui, mais um trabalho excepcional!...
    Outro... dos meus posts favoritos, por aqui!...
    Bjs
    Ana

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