quinta-feira, 4 de setembro de 2014

argau 16





por vezes o poema não acaba e eu 
queria dizer apenas coisas simples 
mais simples do que a minha sombra 
mais simples do que as mãos do vazio 

mas a simplicidade complica-se na dor 
que fica na fronteira dos nossos mundos 
uma dor sem contusão entre a realidade 
e a ilusão que desce entre os intervalos 

da palavras que formam silêncios preciosos 
que formam as próprias estrelas das noites 
mais tristes e ocas que recordam as memórias 

da luz de uma qualquer tarde compreensível 
evidenciando que eu estou mesmo louco 
quando queria escrever apenas que te amo 




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