quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

com sete, ou doze, tempos verbais na algibeira




eu estou pacificamente eriçado 
e subo uma oitava em silêncio. 
vê a música no meu olhar rendido. 
as palavras dançam dentro de mim, 
e cicatrizam; 
ganham novas formas e confidências; 
articulam encantos sem idioma. 
deixa-me ser fútil ao teu lado, 
com o meu fútil lado de dentro despido, 
e ficar imóvel futilmente, 
sem tempo verbal, 
com os dedos em estado tribal. 




2 comentários:

  1. Há futilidades tão agradáveis! :)
    Um poema que, antes pelo contrário, é profundo e belo, ele próprio com belas imagens, à semelhança da fotografia!
    Até breve!
    Bjks

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