segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

circunstância intrínseca




ser um caso perdido. 
ver o destino da partida 
e ser a partida do destino. 
ser a lacuna omissa da periferia, 
um poema de um segundo, apenas, 
e arrumar o corpo num verso, 
com a alma num intervalo apertado de dois termos. 
ver os afectos tão simples e simplesmente possíveis; 
acolher o que não existe e nele todos os vazios. 
ser o instante e a metáfora; 
a realidade que se tinge na figuração, 
como quando se guarda o amor na gaveta de um pleonasmo. 
fazer parte do poema e existir dessa forma. 
é tão bom ser assim, tão: nada! 


 

3 comentários:

  1. Henrique, é uma maravilhosa circunstância!!
    Gosto, gosto e gosto!

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  2. Rique!
    Tão tudo. Tão...: Tu!!
    :)
    M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o !

    Beijo!

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