quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Seixo inopinado



     Regresso. Desvio algumas pedras para passar. Abro a porta das traseiras e entro. Há, ainda, afectos genuínos espalhados pela casa. Alguns jazem no chão, quer derrubados pelas pedras que quebraram os vidros de duas janelas, quer pela simples mas eficaz acção do tempo. Não faltam os mortos.


     Depois do silêncio, da ausência, o peso descomunal do semivazio, pedra de outra canteira. O reencontro solitário de um só num ermo enternecido e descorado. Sem raízes. Debruado. Os sonhos formam, simples e naturalmente, pó.


     Limpo. Limpo! Demolho as metáforas. O pretérito, e o imperfeito, visíveis e invisíveis, ficam. Afago a alma.


     Haja calma!


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